sábado, 30 de abril de 2011

o brinco saxufocando




hoje seria mais uma noite de alegria... lembrar os velhos tempos de recital. ourvir Leo Gandelman muito bem acompanhado. aqui cabe bem o duplo sentido. o saxofonista tinha realmente bons músicos para lhe acompanhar. eu tinha a Blanco aqui do meu lado. tínhamos nos encontrado na livraria, sempre um bom lugar para reencontro. um abraço apertaaado, gostoso demais... tão gostoso que prefiro não comentar. oi tudo bem quanto tempo vamos lá. rapidinho já estávamos no espetáculo. ansiedade, calor, bate-papo. lanchinho, papo e finalmente o início. duas músicas inéditas para começar. quase pedimos bis no início, de tirar o fôlego. tudo ia muito bem até que se notou o repentino desaparecimento do brinco esquerdo. perdi uma lado do brinco. não brinca!? sério! poxa e agora? achados e perdidos? que será do brinco sem o aconchego daquela orelhinha? desconsolado chora o brinco saxufocando. e orelhinha? assim nua é tão convidativa. lembrar que somos somente amigos. esquecer o desejo de cravar o dente no lugar vazio. mais música. e uma surpresa. o brinco esquerdo enciumou-se e fez-se o apagão. silêncio. o brinco chora, perdido no escuro, órfão ao relento. feito o coração dos deixados.

sábado, 23 de abril de 2011

primeiro passo


sem saber como começar, salto. o primeiro passo é temerário. por isso lanço-me com a certeza que meu voo é curto, feito o salto da criança na cama elástica. o sorriso está em cair e saber que o próximo salto será mais alto que o salto do sapato.